CASTRO, J. C. L.
Redes sociais como modelo de governança algorítmica.
Anais do XXVI Encontro Anual da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (Compós),
São Paulo (SP),
2017.
Endereço original: http://www.compos.org.br/data/arquivos_2017/trabalhos_arquivo_HSVDCUGHM59QE483Q2Y9_26_5578_21_02_2017_10_14_24.pdf
Resumo: O modo de gestão do social típico da contemporaneidade, associado ao neoliberalismo, pode ser caracterizado como governança algorítmica. Trata-se de uma forma de governo dos outros, no registro foucaultiano, que se distingue do regime disciplinar e da biopolítica moderna, prevalentes até boa parte do século XX, e é vislumbrada por Deleuze como sociedade de controle. As redes sociais que florescem no contexto da Web 2.0, como o Facebook, são tomadas como modelo de seu funcionamento. E, para apreender sua dinâmica, a governança algorítmica é examinada em três dimensões fundamentais. A primeira é a dimensão relacional: o indivíduo é fragmentado em seus traços digitais, os quais são recombinados em múltiplas relações. A partir daí se desdobra a dimensão vetorial: tais relações são orientadas, captando tendências e embutindo projeções sobre o futuro. Por fim, essa orientação deslancha a dimensão agenciadora, desempenhando os papéis de potencialização de afinidades e contenção de diferenças.
Palavras-chave: redes sociais, governança algorítmica, neoliberalismo.
English title: Social networks as model of algorithmic governance
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