[Julio Cesar Lemes de Castro; J. C. L. Castro; Castro, Julio Cesar Lemes de; Castro, J. C. L.]

[Publicações]

FRANCO, F.; CASTRO, J. C. L.; MANZI, R.; SAFATLE, V.; AFSHAR,Y. O sujeito e a ordem do mercado: gênese teórica do neoliberalismo. In: SAFATLE, V.; SILVA JUNIOR, N.; DUNKER, C. (orgs.). Neoliberalismo como gestão do sofrimento psíquico. Belo Horizonte (MG), Autêntica, p. 47-75, 2021.
ISBN: 978-65-8823-981-0

Resumo: Nos anos 1930, uma crise econômica havia levado à substituição da livre concorrência pelo modelo intervencionista keynesiano. No pós-guerra, tal modelo tornou-se hegemônico nos países capitalistas avançados, até seu esgotamento durante os anos 1970. Nesse momento, as propostas neoliberais, até então relegadas a segundo plano (ou aplicadas na Alemanha do pós-guerra, com seus ordoliberais, em chave de “economia social de mercado”), foram retomadas pelos formuladores de políticas e tomadores de decisão como alternativas à crise social e econômica. Neste capítulo, serão discutidos alguns dos mais importantes marcos teóricos para a formulação da concepção neoliberal de sujeito. É bastante significativo que, ao retraçar sua gênese teórica, nos tenhamos deparado com doutrinas elaboradas igualmente em situações de crise, como o utilitarismo britânico, que emerge na primeira metade do século XIX em meio aos problemas sociais desencadeados pela Revolução Industrial, e a escola marginalista de economia, que surge no contexto da recessão dos anos 1870. Essas crises sistêmicas, que se inserem na lógica mesma de funcionamento do capital, foram respondidas com teorias totalmente centradas no indivíduo. A hipertrofia da ação individual chega a seu ponto máximo na doutrina neoliberal.

Palavras-chave: neoliberalismo, sujeito, mercado, disciplina, liberdade.

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