CASTRO, J. C. L.
A histeria entre a clínica e o laço social.
aSEPHallus,
Rio de Janeiro (RJ),
v. 8, n. 15,
novembro de 2012.
Resumo: Para compreender o modus operandi do discurso da histeria, o artigo propõe-se a derivar sua montagem a partir das características e do funcionamento da estrutura clínica histérica. Para eludir o gozo, a histeria cultiva a insatisfação: a falta, na posição da verdade, não pode ser suprida pelo Outro, na posição da produção. E, ao mesmo tempo que evidencia a limitação do Outro, a histérica oferece-se para tamponá-la: o sujeito, na posição do agente, coloca-se como objeto do desejo do Outro, na posição do outro do discurso. Contudo, como laço social, o discurso da histeria não envolve necessariamente sujeitos histéricos do ponto de vista clínico. O que distingue estes últimos é o fato de aferrarem-se ao questionamento das disjunções de impotência, na linha de baixo, e de impossibilidade, na linha de cima, e, desse modo, fixarem-se na dinâmica interna do discurso.
Palavras-chave: psicanálise, histeria, discurso da histeria, estrutura clínica, laço social.
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